quarta-feira, 28 de julho de 2010

Por CARLOS ALBERTO FIGUEIREDO DA SILVA

A Etnometodologia é uma corrente da sociologia, surgida na Califórnia nos anos 60. A obra de Harold Garfinkel Stuties in Ethnomethodolgy é o marco inicial nesta corrente.

A Etnometodologia provoca uma reviravolta na sociologia tradicional, pois, além da concepção singular da construção social, ataca exatamente a maneira como os dados são coletados e tratados.

Para a Etnometodologia, a abordagem quantitativa que só se preocupa com a entrada e a saída dos dados sem observar o processo como eles são construídos, não reflete adequadamente o modo de construção da realidade.

Assume por hipótese que todos somos sociólogos em estado prático, de modo que o real já se acha compreendido e descrito pelas pessoas e que cada grupo social é capaz de compreender-se a si mesmo, comentar-se e analisar-se.

O corpus da pesquisa etnometodológica é o conjunto dos etnométodos.

A etnometodologia analisa as crenças e os comportamentos de senso comum como os constituintes necessários de “todo comportamento socialmente organizado” (COULON, 1995a, p. 30). Substitui a hipótese da constância do objeto pela de processo. A aparente constância e estabilidade social são, de fato, processos continuamente criados pelos agentes sociais em interação.

A etnometodologia, quando fala em ator social, refere-se a ator/autor ou agente social. Para ela, o indivíduo não representa um papel que lhe é imposto pela sociedade. De fato, cria seu próprio mundo social; é um sujeito/autor e não apenas ator, pois o papel que representa é escrito por ele também (FIGUEIREDO DA SILVA, 1988).

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